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Trilogia da Febre, de Cristhiano Aguiar

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Dos três contos publicados em Trilogia da Febre (Vacatussa, 2020), do escritor paraibano Cristhiano Aguiar , Anda-Luz é meu preferido. Difícil esquecer o Chiquinho, criança que entre o “espetáculo lindo do pisca-pisca dos vagalumes” - enfrentando toda sorte de assombrações imaginadas - o medo da Febre e a visão de um homem enforcado, cumpre, como um rito de passagem, a missão de entregar um bilhete da mãe a um cangaceiro. A linguagem do Cristhiano, ao mesmo tempo tecida com o pano das fadas, é também costurada com a agulha das nossas monstruosidades. Como um deus ex machina, e para o meu alívio, o Zeppelin imponente e maravilhoso atrai as atenções. Chiquinho e o gato Chicote estão livres do perigo. Parece o realismo mágico do Murilo Rubião. Tem realismo mágico no segundo conto, As onças. Mas aqui o negócio é com o Cortázar. Quem leu Bestiário sabe do que estou falando. A narrativa segue um ritmo bachiano, se assim posso dizer. Num primeiro momento, pego-me voltando ao reino das Água